top of page

 

DISFUNÇÕES NA GRAVIDEZ 

 

As alterações da tireoide durante a gestação são muito mais comuns do que se pode imaginar, embora pouco diagnosticadas. Em parte, isso acontece porque a gravidez produz grandes mudanças nos níveis hormonais, o que dificulta o diagnóstico. Mesmo entre as mulheres que iniciam a gestação com função tireoidea normal, cerca de 10% a 21% apresentarão alguma variação autoimune (como hiper, hipotireoidismo ou tireoidite de Hashimoto) que precisa ser tratada antes do nascimento do bebê. 

 

TIREOIDITE PÓS-PARTO 

 

Após o nascimento do bebê, até mesmo mulheres que não apresentaram nenhuma variação no funcionamento da tireoide durante a gestação podem manifestar quadros em que há um excesso ou lentidão da glândula. Minha tese de doutorado foi sobre este tema. O trabalho foi publicado na revista Clinical Endocrinology. 

 

AS PRINCIPAIS CAUSAS 

 

Durante a gravidez, o sistema imunológico fica alterado para não haver rejeição ao feto. Quando o bebê nasce, os seus anticorpos voltam à ativa e eles podem investir contra a tireoide como se esta fosse um órgão estranho, causando inflamação. Isso pode acontecer desde o 1º mês até um ano pós-parto e pode evoluir para uma forma crônica (a tireoidite crônica de Hashimoto).

 

DIAGNÓSTICO

 

A tireoidite pós-parto foi o tema da minha tese de doutorado. Neste trabalho, constatei que antes de surgirem alterações nos níveis hormonais detectáveis no sangue, algumas mudanças já podem ser percebidas no diagnóstico de imagem com o acompanhamento da tireoide desde a gestação. Em meu estudo, pude observar que 13,8% das gestantes apresentaram, no período pós-parto, alterações no ultrassom de tireóide e também a presença dos anticorpos anti-Peroxidase (anti-TPO) no sangue. Essas alterações indicam a predisposição para desenvolver o problema.

 

TRATAMENTO 

 

A pesquisa que conduzi mostrou que 60% dos casos de tireoidite pós-parto regrediram e outros 40% evoluíram para uma forma crônica da doença, a tireoidite de Hashimoto. Nestes casos, deve-se avaliar o uso de medicamentos como betabloqueadores, selênio e antidepressivos para melhorar a qualidade de vida da mulher e, se necessário, a reposição hormônio da tireoide. 

Agende a sua consulta

R: Itapeva,202 8º and cj 89

São Paulo, SP 01332-000

mfernanda.barca@uol.com.br

Tel: 011 3266-2498

Whats 011 99137-4143

 

  • Wix Facebook page
  • Google+ App Icon
Nossa localização
bottom of page