
Dra. Maria Fernanda Barca
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA





MARIA FERNANDA BARCA É MÉDICA COM TÍTULOS DE ESPECIALIZAÇÃO E DOUTORADO EM ENDOCRINOLOGIA CLÍNICA
A CARÊNCIA DE VITAMINA D
Médicos americanos e europeus têm dado maior atenção à dosagem dos níveis de vitamina D. Nos últimos anos, pesquisas indicam que ela participa do equilíbrio de diversas funções. Além de estimular a absorção do cálcio e do fósforo, a matéria prima dos ossos, ela contribui para a renovação celular e para o bom desempenho do sistema imune.
CAUSAS MAIS COMUNS
A falta de exposição ao sol (para que ocorra sua síntese a partir de substâncias precursoras na pele), alimentação inadequada.
PRINCIPAIS SINAIS
Em geral, a falta de vitamina D não produz sintomas. Porém estudos conduzidos na última década apontam sua relação direta com alterações neurológicas como a dificuldade de concentração e memória. As pesquisas apontam alterações de humor, como a depressão e falta de ânimo. A carência facilitaria ainda o desenvolvimento do Parkinson e Alzheimer. A falta por tempo prolongado leva à osteoporose e osteomalácia (quadro em que o osso quebra facilmente). A ação preventiva da vitamina D parece ser intensa. Níveis normais estão associados à manutenção da massa muscular, boa velocidade de contração muscular, combate às infecções virais e bacterianas, proteção contra doenças auto-imunes (lúpus, vitiligo, artrite, reumatóide), melhora da ação da insulina (o que diminui o risco de diabetes e síndrome metabólica). Na gravidez, auxilia na prevenção da pré-eclampsia, diabetes gestacional e fortalece os ossos do feto. No bebê, sua falta pode causar raquitismo.
DIAGNÓSTICO
Exame de sangue que dosa a 25 vitamina D. O preconizado por várias organizações mundiais é que o nível esteja por volta de 40mg/ml. A deficiência é constatada quando o nível de vitamina D está abaixo de 20mg/ML. A insufiência é marcada por níveis entre 21 e 29 mg/ML.
COMO TRATAR
Recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em vitamina D: fígado, ovos, salmão (a quantidade é 6 vezes no peixe cultivado do que no selvagem), arenque, cavala sardinha, shitake, óleos de peixe, leites enriquecidos, e seus derivados.
A medida é associada à exposição solar. Os raios UVB são essenciais para que a pele sintetiza a 25 vitaminaD. O tempo necessário de exposição varia de acordo com a raça. De todo modo, hoje em dia é cada vez mais frequente usar suplementos em gotas ou comprimidos ou gotas. O excesso pode prejudicar a saúde e dar sintomas como vômitos, além de deposito nos rins com cálculos renais e calcificação renal (nefrocalcinose).
VITAMINA D
É sabido que a vitamina D é essencial para a absorção dos minerais cálcio e fósforo, a matéria-prima dos ossos. Níveis insuficientes podem levar à osteoporose e osteomacia (condição mais grave em que o osso fica extremamente frágil e se parte). Mais recentemente, a ciência descobriu que a vitamina D equivale a um hormônio com ação importante em diversos órgãos e tecidos.
SINTOMAS E REPOSIÇÃO
Cerca de 70% das pessoas possuem quantidades de vitamina D no organismo menores do que o necessário. Os estudos indicam que quantidades abaixo de 40 mg/ml (miligramas por mililitro de sangue) podem estar relacionadas com desânimo, sonolência, excesso de peso, dificuldade de concentração e memória, alterações de humor e sinais de depressão.
A reposição melhora o funcionamento do sistema imunológico e contribui para a perda de peso. O excesso de vitamina D é prejudicial ao fígado, entre outros efeitos colaterais.
COMO PREVENIR A FALTA DE VITAMINA D
1 - Deve-se incluir alimentos ricos em vitamina D na dieta. Exemplos: fígado, ovos, salmão, arenque, cavalinha, sardinha, cogumelos shitake, óleo de peixe, leites enriquecidos e derivados. Vale lembrar que o salmão confinado possui em média seis vezes menosvitamina D do que os peixes selvagens, cada vez mais raros.
2 - Uma das causas da carência generalizada de vitamina D é a falta de sol. Sob a ação dos raios ultravioleta B, a pele sintetiza a forma do nutriente ideal para o corpo, a 25 vitaminaD. A recomendação é expor pelo menos 15% da pele por cerca de 10 a 20 minutos ao sol. E atenção – nesse breve período não use filtro solar na área a ser exposta.